Os maridos das outras

Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer
São muito pouco astutos, muito pouco astutos
Toda a gente sabe que os homens são brutos

Toda a gente sabe que os homens são feios
Deixam conversas por acabar
E roupa por apanhar
E vêm com rodeios, vêm com rodeios
Toda a gente sabe que os homens são feios

Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Dóceis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as amigas da mulher

E tudo os que os homens não
Tudo o que os homens não
Tudo o que os homens não
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são

Toda a gente sabe que os homens são lixo
Gostam de música que ninguém gosta
Nunca deixam a mesa posta
Abaixo de bicho, abaixo de bicho
Toda a gente sabe que os homens são lixo

Toda a gente sabe que os homens são animais
Que cheiram muito a vinho
E nunca sabem o caminho
Na na na na na na, na na na na na
Toda a gente sabe que os homens são animais

Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Amáveis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as amigas da mulher

E tudo os que os homens não
Tudo o que os homens não
Tudo o que os homens não
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são



Credits
Writer(s): Miguel Araujo
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