Carcará / Pisa na Fulô / O Canto da Ema

Carcará
Lá no sertão
É um bixo que avoa que nem avião
É um pássaro malvado, tem um bico volteado
Que nem gavião

Carcará quando ver roça queimada
Sai voando e cantando carcará

Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Mas quando chega um tempo da invernada
No sertão não tem mais cobra queimada
Carcará mesmo assim não passa fome
Os burrego que nasce na baixada

Carcará, pega, mata e come
Carcará, num vai morrer de fome
Carcará mais coragem do que homem

Carcará

Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor

Um dia desse eu fui dançar lá em Pedreiras
Na rua da golada
Gostei da brincadeira
Zé Caxangá, era o tocador
Mas só tocava pisa na fulô

Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor

Eu vi menina que nem tinha 12 anos
Agarrar seu par, tão bem sair dançando
Satisfeita e dizendo "meu amor, ai como é gostoso pisa na fulô"

Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor
Pisa, pisa, pisa, pisa, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata o meu amor

A Ema gemeu no tronco do Juremar
A Ema gemeu no tronco do Juremar

Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que o nosso amor, morena
Que vai se acabar

Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar

Eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Muito cedo, meu benzinho
Pra esse amor se acabar

Vem morena (Vem, vem, vem)
Me beijar (Me beijar)
Dá um beijo (Dá um beijo)
Pra esse medo se acabar

A Ema gemeu no tronco do Juremar
Dizem que a Ema gemeu no tronco do Juremar



Credits
Writer(s): Alventino Cavalcanti, Ayres Viana, Ernesto Pires, Joao Do Vale, Jose Candido, Silveira Jr.
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