Um Crioulo Com uma Arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Ele tinha que segurar o barraco
Sua situação lhe deixava desesperado
Sua cor era a barreira pra poder trabalhar
Fez um monte de inscrição, mandaram esperar
'Tava devendo muita gente, precisava de grana
Se inscreveu numa grande empresa
Mandaram esperar um telegrama
Antigamente a gente exigia um bom salário
Hoje em dia a gente briga por um trabalho
Na sua cabeça não tinha vez pra violência
Pedia emprego e exigiam boa aparência
Não era respeitado, era discriminado
A opressão era tanta que acabou ficando complexado
Seu filho em casa, barriga vazia
Eu tinha certeza que não era aquilo que ele queria
Aceitavam preto como faxineiro há um tempo atrás
Agora nem pra isso eles servem mais
A sociedade fechou as portas para um cidadão
Que ficou revoltado com uma opção
E essa opção morava ao lado
Entrou pra vida do crime querendo ser respeitado
Ficou de frente na favela controlando tudo
O seu negócio era o presente, não ligava pro futuro
Todo mundo tremia quando ele passava
A fofoqueira da favela perguntava
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Cidade de Deus
Cidade de Deus foi aonde ele se consagrou
Organização no lugar ele também botou
Pra uma caxanga mais responsa, sua família também se mudou
Seu filho agora estava sendo bem alimentando
Mas ele sabia que não podia viver mais sossegado
Quando ele era ninguém, ficava igual papel no chão
Agora as vagabunda fica em cima porque ta de pistolão
Na vida do crime, ele aprendeu a ser impiedoso
Frio, calculista, sangue bom, maudoso
Pegaram um otário agarrando uma garotinha
Perdeu o pau e a mão e desfilou de calcinha
Criminal, criminal
Tarado na favela perde a mão e perde o pau
Isso saiu no jornal com sua cara estampada
A burguesia confusa perguntava
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Um belo dia, acordou com uma estranha sensação
Saiu de casa segurando a pistola na mão
O fogueteiro soltava os fogos de 12 por 1
É a polícia na sede querendo grampear mais um
A correria começou
Ele entrou numa caxanga abandonada e se abaixou
Um camarada foi preso inocentemente
Não aguentou o coro e bateu com a língua nos dente
Em poucos minutos, a casa estava cercada
A metralhadora pronta para a gargalhada
Armas em punhos para atirar
Mais de 20 PMs cercando a casa, para que será?
Para matar, para matar
Para matar, para matar
Para matar, para matar, para matar
Para matar, matar, matar, matar, matar, matar
Se reagir, ele morre, aí tá tudo acabado
Mas ele prefere morrer do que viver engaiolado
O tiroteio começou, bala pra todos os lados
Como sempre acontece, a corda arrebenta do lado mais fraco
O tiroteio parou, sua mulher gritou
Não aguentou ficar olhando e desmaiou
Foi o fim de um cidadão que nunca teve nada
Que encontrou a sociedade de porta fechada
Seu filho muito triste ficou desorientado
Tá sujeito a seguir o caminho errado
Em seu pai, a molecada toda se espelhava
E se orgulhava em responder quem perguntava
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Um crioulo revoltado com uma arma
Ele tinha que segurar o barraco
Sua situação lhe deixava desesperado
Sua cor era a barreira pra poder trabalhar
Fez um monte de inscrição, mandaram esperar
'Tava devendo muita gente, precisava de grana
Se inscreveu numa grande empresa
Mandaram esperar um telegrama
Antigamente a gente exigia um bom salário
Hoje em dia a gente briga por um trabalho
Na sua cabeça não tinha vez pra violência
Pedia emprego e exigiam boa aparência
Não era respeitado, era discriminado
A opressão era tanta que acabou ficando complexado
Seu filho em casa, barriga vazia
Eu tinha certeza que não era aquilo que ele queria
Aceitavam preto como faxineiro há um tempo atrás
Agora nem pra isso eles servem mais
A sociedade fechou as portas para um cidadão
Que ficou revoltado com uma opção
E essa opção morava ao lado
Entrou pra vida do crime querendo ser respeitado
Ficou de frente na favela controlando tudo
O seu negócio era o presente, não ligava pro futuro
Todo mundo tremia quando ele passava
A fofoqueira da favela perguntava
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Cidade de Deus
Cidade de Deus foi aonde ele se consagrou
Organização no lugar ele também botou
Pra uma caxanga mais responsa, sua família também se mudou
Seu filho agora estava sendo bem alimentando
Mas ele sabia que não podia viver mais sossegado
Quando ele era ninguém, ficava igual papel no chão
Agora as vagabunda fica em cima porque ta de pistolão
Na vida do crime, ele aprendeu a ser impiedoso
Frio, calculista, sangue bom, maudoso
Pegaram um otário agarrando uma garotinha
Perdeu o pau e a mão e desfilou de calcinha
Criminal, criminal
Tarado na favela perde a mão e perde o pau
Isso saiu no jornal com sua cara estampada
A burguesia confusa perguntava
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem é o cara? Quem é o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Um belo dia, acordou com uma estranha sensação
Saiu de casa segurando a pistola na mão
O fogueteiro soltava os fogos de 12 por 1
É a polícia na sede querendo grampear mais um
A correria começou
Ele entrou numa caxanga abandonada e se abaixou
Um camarada foi preso inocentemente
Não aguentou o coro e bateu com a língua nos dente
Em poucos minutos, a casa estava cercada
A metralhadora pronta para a gargalhada
Armas em punhos para atirar
Mais de 20 PMs cercando a casa, para que será?
Para matar, para matar
Para matar, para matar
Para matar, para matar, para matar
Para matar, matar, matar, matar, matar, matar
Se reagir, ele morre, aí tá tudo acabado
Mas ele prefere morrer do que viver engaiolado
O tiroteio começou, bala pra todos os lados
Como sempre acontece, a corda arrebenta do lado mais fraco
O tiroteio parou, sua mulher gritou
Não aguentou ficar olhando e desmaiou
Foi o fim de um cidadão que nunca teve nada
Que encontrou a sociedade de porta fechada
Seu filho muito triste ficou desorientado
Tá sujeito a seguir o caminho errado
Em seu pai, a molecada toda se espelhava
E se orgulhava em responder quem perguntava
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Quem foi o cara? Quem foi o cara?
Um crioulo revoltado com uma arma
Credits
Writer(s): Alex Pereira Barboza
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