O Último Tango

Numa noite tão antiga, num barzinho de bordel
Você disse é o inferno; eu lhe prometi o céu
Jurei que lhe cobriria de ouro e diamantes
Você xingou a minha e me chamou de tratante

Em casa confessou que o mês passado passou mal
Por causa de enxaqueca e cólica pré menstrual
E eu lhe falei que o tal do carro esvaziou meu contra-cheque
Pois tive que trocar bobina e as pastilhas do breque

Nós já conversamos muito e você não se queixou (não, não não)
Do sangue e da dor que lhe perseguem todo mês e toda vez e todo mês.
Se passar da meia noite e o seu marido não chegou (pô, vamo lá que eu tô a fim pra caramba)
Então vamos pra cama outra vez

Bimbom bimbom bimbom bimbom bimbom bimbom bimbom bórom
Brombom brimbom brimbom brimbom brimbom bim bororó bombórom
Shacom brango shacom brengo shacumbum biriri bombórom
Bim bombom bim bombom
Prapapumba prapapumba prapapum biriri bombom

Me falou que andou saindo com um contrabaixista
Que roubou o seu fusquinha e depois sumiu de vista
Contei meu caso escandaloso com a mulher de um deputado
Que só gostava de rolinha, de peru e de veado (ele era chegado)

Disse que ao ver criança pobre se lembra do tal pivete
Que lhe aplicou uma ganância e lhe cortou com canivete
Já se entupiu de remédios pra acabar com uma gastrite
Mas só vê aumentar estrias e surgir mais celulite

Nós já conversamos muito e você não se queixou (oh não)
Do sangue e da dor que lhe persegue todo mês (é tão chato)
Se passar da meia noite e o seu marido não chegou (problema dele)
Então vamos pra cama outra vez!



Credits
Writer(s): Marcelo Nova, Gustavo Adolpho De Souz Mullem, Roberio Oliveir Santana
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