Brigada Kenaima, A Canção das 43 Garrafas ao Mar

Eu joguei outra garrafa ao mar
Com um pedido de socorro a quem puder me salvar:
"Já não há mais nada meu aqui
Correndo em torno da ilha sem nunca me alcançar"
Que os planetas se alinharam e eu só quero fugir
Queimar as roupas na fogueira e cirandar até cair
Que eu tropeço, me levanto, existe algo em mim
Que me faz seguir o Sol e nunca desistir
A Lua e não o fim

Eu sou bicho de caverna, não sou de muitos amigos
Mas tenho quem me queira bem
E não tenho muito à perder, umas caixas, alguns discos
Mas tenho amor por viver

Que estou cansado de tentar me explicar
Consertar todas as coisas e sempre virem mais
Não tenho todas as respostas, não quero chegar primeiro
Não quero mais ferir meus dedos cavando no cimento
Meus olhos contra o vento

Estou sobre dois pés na torre, com o transmissor no talo:
— Alguém aí no radar?
— Alguém quer dançar e não correr?
— Alguém quer montar cabanas, viver bem longe daqui
E falar de amor, da gente ser feliz e não do que comprar ou de quem é a culpa?
Diz, sei que você me entende
Nem tudo está perdido
É esse mundo que está torto
Não esse espírito, não as nossas tribos



Credits
Writer(s): Julio Cesar Dos Santos, Marcelo Verardi, Marcelo Jose Da Silva, Jose Augusto Ribeiro, Fabio Luiz Altro Soga
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