O Barbeiro de Occam

Nadando contra
A tempestade de areia
Da ampulheta da existência
Os olhos cheios de grãos e cegos
Te empurram ao incerto

Até quando vai se desculpar
Pelo que só não entende?
Até quando vai se flagelar
Com a face na parede?

Ainda não entende a ida
Ainda não aceita

Quando tem todas as respostas
Vê que as perguntas mudam
Eis o grande infortúnio
Quando vê, o ponteiro já venceu
Os meses e anos
Não funcionam os planos

Então vem pra cá
Que hoje está tão quente
E o frescor da sombra
É o que há de importante
E a flor é a flor
O amor que vale a pena
A dor é a dor
E nada é problema

Ainda busca as saídas
Atribuir a culpa

Se o tempo despeja areia aos dias
Que ergamos castelos e
Caso as ondas os derrubem
Que seja noite de dormir ao relento
Contemplar o universo
E saber que tudo somos
E tudo é bem mais



Credits
Writer(s): Fabio Luiz Altro Soga, Julio Cesar Dos Santos, Marcelo Verardi, Marcelo Jose Da Silva, Jose Augusto Ribeiro
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