Alvorada

Sinto reascendendo a chama que me chama pra vida

Quando o sol me toca a face, seca o pranto

Limpo o manto que me envolve

Quando o vento bate leve, eu sinto sutil afago
Me contemplando virtudes
Que a tempestade havia levado de mim
E digo sim, ao que a alvorada me sugere
Tudo me diz respeito, é perfeito se não interfere
Na ordem natural, não transcender o que fere a gente
Tudo é tão profundo
Nunca mensure o que o peito sente, irmão
Ainda ciente de uma vida linda
Paciente pra entender o que preciso
Canto e chamo o juízo
Enquanto se lembram do amor, só quando se perdem da paz
Crescer por aqui há de ser doloroso demais
Se preserve, e se não vive pra servir não serve
Aqui só vive quem ama e por isso se eleve
Observe que a vida é renascer de quando em quando
Perceba o momento de se transmutar chegando
Transformar é caminhar, sinta o penso torto
Me disseram quem não renasce em vida é um aborto
Hoje vejo que a despedida precede um novo olhar
Outra fase, outra cor, outra frequência no vibrar
Hoje eu só cultivo o que floresce, no jardim da alma
Longe do eco da palma da mão que não aquece
Pedaços dos que colidem, formam um quebra-cabeça
As pessoas se dividem até que o amor desapareça
Então cresça!

A luz da manhã vem me acariciar
Novo ciclo, a alvorada vim trazer

Pra aquecer a esperança que vai sustentar
De pé com fé, toda alma que renascer
A luz da manhã vem me acariciar
Novo ciclo, a alvorada vim trazer
Pra aquecer a esperança que vai sustentar
De pé com fé, toda alma que renascer
Todo instante um sol nasce em algum lugar
Todo instante uma estrela surge por aí
Todo hora uma rosa à desabrochar
Pássaro à voar, uma criança a sorrir...



Credits
Writer(s): Gesterio Dias Chaves Neto
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