Mercúrio Desnorte

Mutável incansável no desnorte
Revogado do abismo apelado
Defunto, treva, imaculado
Com que sorriu perante a sua própria morte

Para onde nos leva este mercúrio que não explode?
Sombras emprestadas de volumes alheios.
As lágrimas cravaram-nos nas órbitas
Nascentes de sofrimento oposto ao Inferno

Algidez dos mármores
Vago rumor
Que não consegue medir a escuridão
Em todo o seu esplendor

A sede com que se morre no horizonte
Menos um veneno que se ingere
No labirinto da tua pele caligrafia
Numa palavra todo o mundo ruía

Já não temos coração
Depositá-mo-lo no peito
De outra pessoa...
E lá ficou para apodrecer



Credits
Writer(s): Pedro Adrega
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