Litrão Barato

Na era da carência, tanta ciência
Nos deixam conectados, conectados
Mas ao mesmo tempo andamos tão
Desligados, desligados eu sou só mais um
Tentando enxergar onde a luz não bate
Lá onde há tanta autoridade
Não vejo o universo, não entendo seus versos

Ah, um litrão barato, você do outro lado da mesa
Ah, recitando seus lamentos, são raros esses momentos

Todo dia a tecnologia vira bolha (apagados)
A luz do poste lembra quem te acompanha (assombrados)
Audoridade é farsa onde a fala falha (vigiados)
Todo dia um cego enxerga o fundo da caverna (isolados)

A caixa de concreto do sucesso
Asfalta tudo em preto e cinza e vira tédio
Brincando de ser Deus com um aquário na carteira
Refém da nota de cem, como a mosca que voa
De encontro com a luz

Somos filhos de São Paulo
Sofremos de pressas inexplicáveis
Lá no alto daquele prédio
Um ego virou tédio

Ah, em meio tanto cinza, seu olho virou arte
Ah, em meio de tanto cinza, entendi o valor da cor

Você trabalha para enriquecer do quê?
Você sabe de tudo e eu só não sei
A dor é minha e eu carrego com leveza
Sou privilegiado por ver valor numa tristeza



Credits
Writer(s): Caique Benedetti, Caue Gaal, Gabriel Lessa, Lucas Trentin, Matheus Riezu, Rodrigo Karrer
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