Três Minutos
Eu só tinha três minutos
quando uma voz surgiu do mar
e me deu os tais minutos,
disse para aproveitar.
vi a moça e um moço bonito,
vi um gesto, um gosto, um agito,
um castelo na faixa de areia,
uma lancha da guarda costeira.
Vi mãos dadas em longa ciranda,
vi memória cheirando lavanda,
vi a história do bem e do mal
e temi não ver mais carnaval.
Eu só tinha três minutos
e rezei para Iemanjá.
Rezei para deuses e demônios
e corri pra mergulhar.
Vi meu pai e o espírito santo,
minha mãe, vi sentada num banco,
Mariana errando meu nome,
vi a guerra, o prazer e a fome.
Vi um palco e a porta fechada,
vi a bomba ser desinventada,
vi a rede caindo no mar,
dei meus sonhos pra ela pegar.
mas eu só tinha três minutos
e tanto para aproveitar
e vi que ainda estava imóvel,
mais um minuto a se acabar.
Corri pras pedras, corri pra cidade.
Pedi perdão, lamentei minha idade.
Quis ver a neve e a vista dos Andes,
quis dizer tudo que não disse antes
pra você e pros caros amigos
mandar abraços, fazer mais sentido,
pegar com os braços as rédeas da vida,
pedir a trégua pra gente vencida.
Agora era só mais um minuto
e tanto pra me despedir.
Depois de quase três minutos,
não podia decidir
se é justo ou injusto esse mundo,
se haverá um mistério profundo,
se haverá a canção mais bonita
pra depois dessa aqui, tão aflita
e cada vez que você me escuta
recomeço a corrida e a luta,
pois há uma voz sussurrando no mar:
"são três minutos antes de mergulhar".
quando uma voz surgiu do mar
e me deu os tais minutos,
disse para aproveitar.
vi a moça e um moço bonito,
vi um gesto, um gosto, um agito,
um castelo na faixa de areia,
uma lancha da guarda costeira.
Vi mãos dadas em longa ciranda,
vi memória cheirando lavanda,
vi a história do bem e do mal
e temi não ver mais carnaval.
Eu só tinha três minutos
e rezei para Iemanjá.
Rezei para deuses e demônios
e corri pra mergulhar.
Vi meu pai e o espírito santo,
minha mãe, vi sentada num banco,
Mariana errando meu nome,
vi a guerra, o prazer e a fome.
Vi um palco e a porta fechada,
vi a bomba ser desinventada,
vi a rede caindo no mar,
dei meus sonhos pra ela pegar.
mas eu só tinha três minutos
e tanto para aproveitar
e vi que ainda estava imóvel,
mais um minuto a se acabar.
Corri pras pedras, corri pra cidade.
Pedi perdão, lamentei minha idade.
Quis ver a neve e a vista dos Andes,
quis dizer tudo que não disse antes
pra você e pros caros amigos
mandar abraços, fazer mais sentido,
pegar com os braços as rédeas da vida,
pedir a trégua pra gente vencida.
Agora era só mais um minuto
e tanto pra me despedir.
Depois de quase três minutos,
não podia decidir
se é justo ou injusto esse mundo,
se haverá um mistério profundo,
se haverá a canção mais bonita
pra depois dessa aqui, tão aflita
e cada vez que você me escuta
recomeço a corrida e a luta,
pois há uma voz sussurrando no mar:
"são três minutos antes de mergulhar".
Credits
Writer(s): Luiz Amaro
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