Cavaco

Ei!

Catou cavaco com pedaço de cimento
Achou ferragem, areia e tirou do fundo
Comprou ideia, pagou com braço cruzado
Ouvindo o tempo soprando prosa do mundo

Achou janela, era velha cruz de igreja
Fundou cisterna com riso de enxada cega
Do coxo triste fez a porta da peleja
Mas, pelejando, recebeu e fez entrega
Mas, pelejando, recebeu e fez entrega

Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê

Com a natureza combinou um rego d'água
E a chuva honesta veio cumprir beirando a encosta
Arou com os pés o chão que nunca lhe fez mágoa
Diz que não sabe, mas, no fundo, sei que gosta

Ali, parado, cinco dedos em cada mão
Sorriu cansado, vendo a casa se esconder
Na noite escura, antes da constelação
Depois do mundo que a gente não pode ver
Depois do mundo que a gente não pode ver

Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê

Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê



Credits
Writer(s): Orlando De Morais Filho
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