Flow Cruz e Sousa
Preto poeta da ilha, 48 milhas eu corro pra longe
De quem acha que eu só vivo na praia, drogado igual branco pagando de monge
Não tô na Lagoa de boa fumando, nem tô em Coqueiros correndo no parque
Jurerê nunca nem fui, só vou se for pra fazer show e é bom que me pague
Flow Cruz e Souza, só depois de morto que eu ganho meu próprio palácio
Afro indígena, rima que atinge na cara de quem fala que é fácil
Não é "fala que eu faço", calculo o meu passo contando as balas tipo Django
Rio Vermelho e Biguaçu dando bica em tu com o flow mais misturado que o Sambô
Plow!
Warlock e As Margens dominando a ilha e destronando os otário
Feliz é quem sabe o nome completo da Igreja do Rosário
Meu caderno de rima é o Death Note, MC ruim eu mato a cada verso
Sou o melhor nessa porra de universo e cês não são nem menção no meu diário
Querem imersão no meu corre diário, mas nunca calçam o meu sapato
Tu sonha em falar qualquer coisa pra mim e na quebrada responde por desacato
Teu verso tá no chão jogado e eu cato, lugar de lixo não é na calçada
Sempre lendo Machado de Assis, mas com o de Xangô que não me falta nada
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú quem me guia, Exú quem me guia
Terra das bruxas, não se assusta, é exu quem me guia, não esgueira
Somos revolta quilombola, preto até na tinta da caneta
De bombeta branca e vinho, a meta ainda é a mesma:
A morte de todos os racista e fartura pros preto na mesa
Em desterro a cena é feia, os branku é algo complexo
Se apropriam da nossa cultura, não debatem os seus privilégios
Pouca preta no hype é sério, muita treta as preta no estéreo
Movimento não reconhece, pois é surdo, branco e hétero
A visão que remete o inferno é o trap sem conteúdo
Cês não paga a pensão do filho e ainda quer pagar de adulto
Esses som tudo é adubo pra não falar algo pior
Nem me preocupo com essa cena, pois eu sei que boombap é melhor
Cês só sabem falar de Dior, as atitudes são as pior
Cês troca o filho pela ex e no som diz que aguenta o B.O
Cês ostenta muito tênis, bosta de lean e pó
E não têm a consciência de comprar roupa pro seu menor
Preto poeta da ilha, não calculo em milhas, no rap tô longe
Aqui canta os cria da quebrada, mamãe ensinava a como ser homem
Nóis dá o tapa e a mão não se esconde
Postura condizente com que cê cospe no microfone
Pois nóis dá o tapa e a mão não se esconde
Postura condizente com que cê cospe no microfone
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú quem me guia, Exú quem me guia
De quem acha que eu só vivo na praia, drogado igual branco pagando de monge
Não tô na Lagoa de boa fumando, nem tô em Coqueiros correndo no parque
Jurerê nunca nem fui, só vou se for pra fazer show e é bom que me pague
Flow Cruz e Souza, só depois de morto que eu ganho meu próprio palácio
Afro indígena, rima que atinge na cara de quem fala que é fácil
Não é "fala que eu faço", calculo o meu passo contando as balas tipo Django
Rio Vermelho e Biguaçu dando bica em tu com o flow mais misturado que o Sambô
Plow!
Warlock e As Margens dominando a ilha e destronando os otário
Feliz é quem sabe o nome completo da Igreja do Rosário
Meu caderno de rima é o Death Note, MC ruim eu mato a cada verso
Sou o melhor nessa porra de universo e cês não são nem menção no meu diário
Querem imersão no meu corre diário, mas nunca calçam o meu sapato
Tu sonha em falar qualquer coisa pra mim e na quebrada responde por desacato
Teu verso tá no chão jogado e eu cato, lugar de lixo não é na calçada
Sempre lendo Machado de Assis, mas com o de Xangô que não me falta nada
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú quem me guia, Exú quem me guia
Terra das bruxas, não se assusta, é exu quem me guia, não esgueira
Somos revolta quilombola, preto até na tinta da caneta
De bombeta branca e vinho, a meta ainda é a mesma:
A morte de todos os racista e fartura pros preto na mesa
Em desterro a cena é feia, os branku é algo complexo
Se apropriam da nossa cultura, não debatem os seus privilégios
Pouca preta no hype é sério, muita treta as preta no estéreo
Movimento não reconhece, pois é surdo, branco e hétero
A visão que remete o inferno é o trap sem conteúdo
Cês não paga a pensão do filho e ainda quer pagar de adulto
Esses som tudo é adubo pra não falar algo pior
Nem me preocupo com essa cena, pois eu sei que boombap é melhor
Cês só sabem falar de Dior, as atitudes são as pior
Cês troca o filho pela ex e no som diz que aguenta o B.O
Cês ostenta muito tênis, bosta de lean e pó
E não têm a consciência de comprar roupa pro seu menor
Preto poeta da ilha, não calculo em milhas, no rap tô longe
Aqui canta os cria da quebrada, mamãe ensinava a como ser homem
Nóis dá o tapa e a mão não se esconde
Postura condizente com que cê cospe no microfone
Pois nóis dá o tapa e a mão não se esconde
Postura condizente com que cê cospe no microfone
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú!
Exú quem me guia, Exú quem me guia, Exú quem me guia
Credits
Writer(s): Raphael Caldeira, Rahael Caldeira
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