A Procissão Dos Clones

A superfície ontológica
Esconde um fundo obscuro
Naves navegam sobre o cais
A máquina da mídia cospe
Na sua cara um novo herói
Que a gente sempre endeusa demais

Perceba na sua antena quantas cópias do problema
Com a violência pregam a paz
E o mestre do ventríloquo
Transparente feito acrílico
Nos faz acreditar de novo
Seremos almas inocentes

Presas entre os dentes do lobo
Por enquanto somos um sonâmbulo
E a humanidade corre em círculos
Como um antílope e um leão
Fugindo em direção ao abismo

Atualize seu sobrenome
É muito bonito, mas não mata a fome
Frágil, há um perigo invisível
A passos largos sempre com pressa
Tropeçamos nas próprias pernas
A evolução se tornou perecível

Eu virei uma engrenagem
Que mantém a rotação
E faça que a festa não desabe
Um desastre ecológico é a última opção
Pro ser humano perceber quão metódico

Virou a obsessão de expandir a sua jaula
Ao invés de fugir do zoológico
Não troque a sua cela por outra cela mais bonita
Quebre as grades e corra contra o ódio



Credits
Writer(s): Edgar Pereira Da Silva, Romario Menezes De Oliveira Junior, Mauricio De Assis Fleury, Elisapie
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