O Príncipe

Ele veio andando
Os cabelos longos
Parecia um príncipe
Indo pro castelo
A espada cruzada no peito

E daí, se espada era de plástico?
E daí?
Quem não acredita em coisas que não existem?
Quem presta atenção
Nos mendigos que vão
Pelos vãos das ruas?

Ele cria, ele inventa
Não tem o que comer
Ele se senta, a tarde venta
Não tem o que vestir
Mas não larga a espada e o cachorro
Ele não pede socorro
Ele é o cavaleiro

Ele é o Dom Quixote
Ele segue em frente
E não cai da escada
E não larga a espada
Roupas superpostas
Lindo é o figurino
O vermelho berra
Em sua túnica de príncipe de gibi

E daí, se espada era de plástico?
E daí?
Quem não acredita em coisas que não existem?
Quem presta atenção
Nos mendigos que vão
Pelos vãos das ruas?

E daí, se a túnica é um vestido curto
Que ele pôs sobre a calça comprida?
Rei Arthur, na mitologia dos incultos
Quem nunca agiu como criança
Mesmo sendo adulto?



Credits
Writer(s): Glauco Lourenço, Suely Mesquita
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