Apertem os Cintos, o Redator Sumiu!

Onde os fracos não tem vez, um deus perdeu por wo
O roteirista rarefez nesse borogodó

Sem direção nem ventura, sem luz, sem câmera e sem ação
Atravessando essa trans-amargura, onde o real surpreende a ficçâo

Tem músico de Titanic, nazi-latino em bacurau
Tem tiros de caneta bic e arminha em ritual

Matando a família e o cinema, um triller ambiental parasita
Nas lavouras arcaicas da gema, a munição é o ingresso pra fita

Cabra já marcado pra morrer desde o seu nascimento
São pixotes, vidas secas, nunca um grande bom momento
São mais que oito odiados, tantas ilhas tantas flores
São histórias mais que eternas contrariando seus censores
De estômago vazio e o olho amarelo manga
E um bicho de sete cabeças que devora só paranga

São abris despedaçados nesse chão estrangeiro
Todo nudes castigado, o que é isso, companheiro?

Deus e o diabo na terra do sol, noite tão vazia gritam os fuzis
Essa terra em transe fecha seu farol, sem som ao redor bye bye brasis

Democracia em vertigem, sem ter que horas ela volta
Os anjos do arrabalde, a margem e na espera da tua (re)volta
Jogo de cena, tatuagem, da série o pior ator
Só dá relatos tão selvagens, o assalto ao trem pagador
O despertar de tanta besta, sem auto da compadecida
Sorvendo homens da capa preta, o cangaceiro a falecida

Retrô-fascista em carnaval, e ainda estamos por aqui
Na distopia do capital, no céu de tanta suely

Malhando muito ferro a frio, com meu colar yelow sunshine
Na hidroelétrica sou rio, quem é que usa black tie?

Liras do delírio, na boca desse lixo
Sigo sem colírio, na mente só dirijo
Liras do delírio, na boca desse lixo
Sigo sem colírio, na mente só dirijo



Credits
Writer(s): Luis Freyner
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