Herança

Amor que já não dá mas confiança
A benção de viver é já pequeno
Criou e bebe aos poucos um veneno
Que só corrói enquanto o tempo avança

Amor que já não tem mais alegria
E faz da incompreensão revolta e tédio
Jamais vai conceber que haja remédio
Na inutilidade da poesia

Amor que ganha mais que tem perdido
E é como se tivesse Deus morrido
Por cada perda é bom que se repense
Não paga o mau na vida que alguém herde
Como mais forte a dor do amor que perde
Do que o santo prazer do amor que vence

Amor que já não dá mas confiança
A benção de viver é já pequeno
Criou e bebe aos poucos um veneno
Que só corrói enquanto o tempo avança

Amor que já não tem mais alegria
E faz da incompreensão revolta e tédio
Jamais vai conceber que haja remédio
Na inutilidade da poesia

Amor que ganha mais que tem perdido
E é como se tivesse Deus morrido
Por cada perda é bom que se repense
Não paga o mau na vida que alguém herde
Como mais forte a dor do amor que perde
Do que o santo prazer do amor que vence



Credits
Writer(s): Dori Caymmi, Paulo Cesar Francisco Pinheiro
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