Por Aí

Empapuçado à noite tchau, mãe! Vou sair
(Um beijo, filho! Vai com Deus! Te cuida!)
Vou dar um pião por aí
Vou dar um rolê com o carro pra ele não ficar parado
E pra não zoar a bateria
Não é o que queria e pra trocá-la
Nem sempre dinheiro eu teria

Nos tiram de rico por morar no centro
Então vem pras ideia, cuzão, cai pra dentro!
Colo em qualquer pico e nesse calor
Em casa é que eu não fico

Qual é, malandrão
À noite, não para no farol vermelho aqui
Cê fala demais com o brioco travado
Reduz e fecha o vidro na Avenida do Estado

Embaixo do viaduto que dá acesso ao elevado
Seu medo tá elevado? Muita calma!
Seu celular não foi levado
Respira fundo! O centro é outro submundo
É o filme de terror real, não tem ator principal
Não tem ator coadjuvante

É crackeiro e morador de rua como figurante
É o farol que te deu bonde
Onde cê moscou naquele instante
E sem contar os imigrante
Chinês, haitiano, boliviano, peruano
E todos os outro latino

Rap de branco? Porém, 95% filho de nordestino
À noite, o centro é sinistro, não existe ministro
Entre as rua com os lixo jogado
E o amor pela quebra, eu administro
Pilantra anda torto e mesmo com o exemplo dele
Eu ando ligeiro, não me acostumo
Não queira ser ideia numa rua vazia no resumo!

Continuo o pião e algumas mina tão pagando
O fluxo da 13 de Maio tá mil grau e eu só analisando
Emocionado vai pro rolê sem analisar a pista
Sem análise, vai virar análise na visão de outros analista

Outra mão eu colo aqui pra tomar uma
Vou continuar o pião talvez colar em outro pico
Nunca mais viu um carango tocando rap, seu arrombado?
Olha a sujeira desse bico

Queria tá no meu lugar, então começa a trabalhar
Então começa a estudar, então começa a mudar
Porque se não com essas ideia sua aí
Já sei o seu final, afinal
Invejoso é um cara antes maldoso
Planta o mal, colhe o mal

À noite o centro é sinistro, não existe ministro
Entre as rua com os lixo jogado
E o amor pela quebra, eu administro
Pilantra anda torto e mesmo com o exemplo dele
Eu ando ligeiro, não me acostumo
Não queira ser ideia numa rua vazia no resumo!

E se eu só falar de sofrimento, meu tempo não dá
Tem Vai-Vai, 13 de Maio, Glicério pra encostar
Na Avenida Liberdade tem uma pá de bar
Sem contar o samba da Maracangalha
E sem contar a Taguá sem esquecer o BBJ

Meu consultório, meu divã
Várias breja pra experimentar
Sabendo que eu não trabalho amanhã
Sem contar que fora da quebrada
É só dar um salve que eu encosto

No carango bato cabeça
E uns vídeo batendo cabeça ainda eu posto
Domingo me jogo pro estádio
Pra ver meu time do coração
É o Tricolor Paulista com o Paulo, o Índio e o João

Dona Laura é zica braba com suas fortes oração
Se eu tô vivo é graças a Deus e a ela
Que sempre pede proteção
Na Trilha Sonora, Renda-se! Cuidado com os Justiceiros!
O Homem das Sombras vive procurado e não visa dinheiro

É um homicida suicida carregado de ódio
E Por Aí tem suicida
Com bicarbonato de sódio no banheiro
Disputando lugar no pódio pra quem que é vai primeiro

Mais um rolê abençoado
Quando subo a Tamandaré e dobro a Conselheiro
Tire o áudio do mute
Esquece esse verme, não discute!
Do CD Secreto, desfrute! Deixa rolar e escute



Credits
Writer(s): Arthur Diogo Lima De Carvalho
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