A Hora do Brasil

Incendiaram um homem
Era o corpo do Brasil
Atearam fogo nele vivo
Brutal atitude vil.

Marquise é abrigo
Na capital da desigualdade
Chamas arderam a noite
Decretando a morte covarde.

Mataram um indígena!
Incendiaram vivo
Queimaram um indígena!
Mataram Galdino!

Filhos de ouro da elite
Podem brincar com fogo
Disseram não saber que era um índio
Não se importavam se fosse um mendigo

Completamente queimado
Seu corpo não resistiu
Horas de agonia e dor
Em silêncio sucumbiu

Mataram um indígena!
Incendiaram vivo
Queimaram um indígena!
Mataram Galdino!

Ancestrais gritam o choro Pataxó
Espíritos livres das florestas
Encantos espalham as cinzas
Ritual devolvendo ao chão

País nascido da invasão
Estupro e destruição
Fedor de sangue

500 anos de genocídio
Massacre colonial
Império da morte

Pescoço amarrado no arame
Cerca demarcada na carne
Herança e rapina

Devolvam o que foi roubado
Dos ancestrais assassinados
Verdadeiros donos da Terra



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