Quando o Mármore Fala

A cada dia o que é relapso em nós
Fica mais confuso e menos ordinal
Nada mais que espelhos casuais
Nesse frio, cemitério de vitrais
Não refletimos sobre nada

Se nada se reflete aqui, ali e acolá
O que irá sobrar? O que irá sobrar?
Se o que incomoda é nada além do que tudo que há em nós
O que irá sobrar? O que irá sobrar?

Seu corpo imortal será reverenciado
Quão negligenciadas foram suas decisões?
Em sua lápide digital estará o escrito
Aqui jaz e nada mais

Qual moral opaca e funcional
Se instaura sem muita reflexão?
A cada dia, um novo desprezar
Como se ainda houvesse muito pra guardar
No doce fim dessa jornada

Se o tempo vem e a vida vai, sem muito se explicar
O que irá sobrar? O que irá sobrar?
Se a boca amarga e fica sempre algo pra gritar
O que irá sobrar? O que irá sobrar?

Mas um de nós estará despido
Quão desfragmentadas foram suas decisões?
E por todo lugar estará o escrito
Aqui jaz e nada mais

No que mais acreditar?
(Tanto faz, nada importa)
Tanto empenho pra falhar
(Tanto faz, nada importa)

Seu corpo imortal será reverenciado
Quão diferenciadas foram suas decisões?
Em sua lápide digital estará o escrito
Aqui jaz e nada

Mas um de nós (mais um de nós)
Estará despido (estará despido)
Quão desacreditadas foram suas decisões?
E por todo lugar (por todo lugar)
Estará o escrito (estará o escrito)
Aqui jaz e nada mais

(Nada mais)
E nada mais (nada mais)
E nada mais (nada mais)
E nada mais



Credits
Writer(s): Mario Netto, Reynaldo Cruz
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