Rumo a Ti

Eu colocava a culpa em você
Mas percebi ser sempre o contrário
É tudo mesmo exatamente assim
Um réu feito de feitos ao revés

Roma em transe
Imersa em sangue
Cinzas, fogo e tanto pra purgar
E nada vai purgar
E nada vai nos purgar
E nada vai nos expurgar de nós

Eu colocava a culpa em você
Mas percebi ser sempre o contrário
Do que sinto, do que digo
Do que vejo e do que não
É sempre o contrário do que diz ser

Roma inversa
Tão reversa
Megalópole individual
E nada vai purgar
E nada vai nos purgar
E nada vai nos expurgar de nós

Na cidade onde sempre é madrugada
O soco é frio, a mão gelada
E a solidão mora na próxima parada
Somo sempre partida, e nunca chegada

Eu te culpo bem
E você se culpa também
E é sempre tudo tanto pra dizer
Eu te culpo bem
E você se culpa também!
E é tudo sempre exatamente assim

Como deveria ser
O que é e o que não é
É tudo mútuo e sempre ao contrário



Credits
Writer(s): Mario Netto, Reynaldo Cruz
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