Veterano

Está findando o meu tempo
A tarde encerra mais cedo
Meu mundo ficou pequeno
E eu sou menor do que penso

O bagual tá mais ligeiro
O braço fraqueja às vezes
Demoro mais do quero
Mas alço a perna sem medo

Encilho o cavalo manso
Mas boto o laço nos tentos
Se a força falta no braço
Na coragem me sustento

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Nas manhãs de primavera
Quando vou parar rodeio
Sou menino de alma leve
Voando sobre o pelego

Cavalo do meu potreiro
Mete a cabeça no freio
Encilho no parapeito
Mas não ato nem maneio

Se desencilho o pelego
Cai no banco onde me sento
Água quente e erva buena
Para matear em silêncio

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Neste fogo onde me aquento
Remôo as coisas que penso
Repasso o que tenho feito
Para ver o que mereço

Quando chegar meu inverno
Que me vem branqueando o cerro
Vai me encontrar venta aberta
De coração estreleiro

Mui carregado de sonhos
Que habitam o meu peito
E que irão morar comigo
No meu novo paradeiro

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más

Se lembro o tempo de quebra
A vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no más



Credits
Writer(s): Dieter Moebius, Hans Joachim Roedelius, Michael Rother
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