Versos de Campo

Meu verso é laço na mão rural
Algum pealo de sobre lombo
É porvadeira' numa mangueira
No cimbronaço do belo tombo

A moda antiga bem de a cavalo
Bocal e rédeas de couro cru
Um minuano, um indio pampeano
Boleia as patas de algum nhandu
Boleia as patas de algum nhandu

Meu verso é mágoa de uma tapera
A fruta doce da pitangueira
Sente lembrança, gente da estância
Mateando à sombra e uma figueira

Tirei as loncas pra pontear corda
Minhas garroneiras de uma bragada
Quando potranca ficou lunanca
Na lida bruta de correr éguada

Meu verso é raça de antigamente
Desses gauchos que a vida faz
Gente de guerra, cheiro de terra
Uma estampa de capataz

É tropa gorda num fim de maio
Já destinada pro matadouro
Uma invernada bem povoada
Na primavera briga de touro
Na primavera briga de touro

Meu verso é campo por ser fronteira
Estância velha, tropilha buena
Salto da cama que esta semana
A pegada é grande e eu sou torena

Meu verso é mágoa de uma tapera
A fruta doce da pitangueira
Sente lembrança, gente da estância
Mateando a sombra de uma figueira



Credits
Writer(s): Alex Silveira, Jari Terres
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