Rebeldia - Ao Vivo

Alcei a perna numa bragada veiaca'
Que quando me pegou o corpo quase derriba de saca
Mas do meu jeito, montei de pala atirado
E quando amanheço aluado nem o demônio me ataca

De queixo duro, coiceiro e manoteador
As estâncias estão povoadas na escassez de domador
Tropilhas buenas, riqueza de sangue e raça
Mas onde a doma não passa o pingo perde o valor

Esta é a minha sina
De lidar com a rebeldia
Repassando os mal domados
Tirando balda e mania

Esta é a minha sina
De lidar com a rebeldia
Repassando os mal domados
Tirando balda e mania

Lá na mangueira já começa um tempo feio
Quando convido a bragada pra bailar nos meus arreios
É só mais uma das que foi mal começada
E depois de ser domada renega o basto e o freio

Esta bragada que me bombeava pra espora
Troteou comigo no lombo, querendo tirar uma tora
Levei o corpo na saída da porteira
E lhe aprumei a soiteira num lançante campo afora

Cerrei as puas, eu não vi mais o pescoço
Me parecia que eu tava de a cavalo num caroço
Não frouxo a perna, que se desmanche em pedaços
Nem que eu fique no espinhaço, tinindo a espora no osso

Esta é a minha sina
De lidar com a rebeldia
Repassando os mal domados
Tirando balda e mania

Esta é a minha sina
De lidar com a rebeldia
Repassando os mal domados
(Tirando balda e mania)

Ai, sai, gurizada, me dói o tranco!



Credits
Writer(s): Gabriel Ruiz Galindo, Jose Antonio Zorrilla Martinez
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