Bocal de Pano

Eu te peço, prenda minha
Uma tira do vestido
Pra ajeitar esse aragano
Que vem com os queixo sentido

Faz horas que ando lidando
Não me achei e tô perdido
Eu fui judiado demais
Trago o peito dolorido

Por isso peço, menina
Só uma tira pequenina
Retalho dos teus cerzido

Judiei do meu potro zaino
Errei e isso acontece
Vou consertando o meu jeito
Pois melhorar enobrece

Por isso peço, menina
Quem sabe tu te esquece
De me tratar aos tirão
Pois nem eu e o redomão
Tal judiaria merece

Faz horas que ando na estrada
Pensativo, me estendendo
Vou pensando no namoro
Como foi acontecendo

Me lembrei daquela tarde
Era frio, tava chovendo
Fui florear o meu cavalo
Deixei com os queixo doendo

Tu me olhava assustada
Já vendo a doma estragada
E a maldade acontecendo

A maldade é coisa triste
Ninguém merece isso, não
Me judiou, prenda querida
Talvez até sem intenção

Então estou te pedindo
Pra ajeitar a situação
Me alcança o bocal de pano
E me diz que foi engano
Me golpeaste sem razão



Credits
Writer(s): Antônio Oppitz, Felipe Bacchieri
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