Minha Estirpe Crioula

Ó, minha estirpe crioula
Que a muito canto nos versos
É mais que a voz do meu mundo
É mais que o próprio dialeto

Nascido em cor de milonga
Com timbre de campo aberto
A minha estirpe crioula
Que a muito canto nos versos

A minha estirpe crioula
É o tempo escrito nas horas
De boleadeiras e laços
Pealos, tombos e auroras

É o argumento dos ponchos
Dos lenços, bastos e esporas
A minha estirpe crioula
É o tempo escrito nas horas

A minha estirpe crioula
Conhece o vento ao fechá-lo
Chapéu tapeado e horizonte
E algum bordão de alambrado

Contraponteando, servindo
Dum campeiro de à cavalo
A minha estirpe crioula
Conhece o vento ao fechá-lo

A minha estirpe crioula
Tem berro na flor do couro
Em fronte de lua clara
Estrelas de pelo mouro

Relincho, fúria de aguada
Rodeio em cova de touro
A minha estirpe crioula
Tem berro na flor do couro

A minha estirpe crioula
Tem palavras e romances
Tem tranças, ranchos de barro
Tem ilusões e semblantes

Com sombra de tropa mansa
Madrinha e potros por diante
A minha estirpe crioula
Tem palavras e romances

A minha estirpe crioula
Tem um bagual corcoveando
Num sangue rubro das veias
Que ganham tempo pursando'

No peito de uma guitarra
De algum cantor opinando
A minha estirpe crioula
Tem um bagual corcoveando

A minha estirpe crioula
Conhece o vento ao fechá-lo
Chapéu tapeado e horizonte
E algum bordão de alambrado

Contraponteando, servindo
Dum campeiro de à cavalo
A minha estirpe crioula
Conhece o vento ao fechá-lo

A minha estirpe crioula
Tem berro na flor do couro
Em fronte de lua clara
Estrelas de pelo mouro

Relincho, fúria de aguada
Rodeio em cova de touro
A minha estirpe crioula
Tem berro na flor do couro



Credits
Writer(s): Adriano Silva Alves, Jari Terres
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