Tempo Novo

Na estância antiga não há pelego secando
O estaqueador hoje tem ninho de forneiro
O tempo novo chegou matando os rebanhos
Tirando a faca da cintura do caseiro

No galpão grande não há vozes de pessoas
Verdade bruta que transforma e não se acanha
Latas de óleo, plantadeiras, ferramentas
Mudança bruta nos costumes da campanha

Latas de óleo, plantadeiras, ferramentas
Mudança bruta nos costumes da campanha

O que será dos tosadores sem comparsa?
O que será dessa fronteira sem rebanho?
Lindas estâncias, pedestais de nossa história
Campos virados na busca de outros canhos

O que será dos tosadores sem comparsa?
O que será dessa fronteira sem rebanho?
Lindas estâncias, pedestais de nossa história
Campos virados na busca de outros canhos

Não haverá mais o calor dos bicharaço
Feitio das pionas com carinho e pura lã
Mas ficarão entre os pelegos dos arreios
Sons de comparsas pras ilusões do amanhã

Não faltas sorro dos rodeios deste mundo
Pra destruir nossos rebanhos de valores
Que vem de arrasto na chincha de um tempo novo
Berrando angústia na alma dos cantadores

Que vem de arrasto na chincha de um tempo novo
Berrando angústia na alma dos cantadores

O que será dos tosadores sem comparsa?
O que será dessa fronteira sem rebanho?
Lindas estâncias, pedestais de nossa história
Campos virados na busca de outros canhos

O que será dos tosadores sem comparsa?
O que será dessa fronteira sem rebanho?
Lindas estâncias, pedestais de nossa história
Campos virados na busca de outros canhos



Credits
Writer(s): Eron Vaz Matos, Jari Terres
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