Canudo

Operar com o bisturi
Não é ofício p'ra mim
Logo eu que pasmo o quanto espasmo
Ao fitar plasma expelir

Entro em ebulição
Ao pensar noutra dimensão
E se gravito no infinito,
Atrito sem explicação

Sou mercado mau de se investir
De juros ninguém me quer ouvir
Mas com notas até sou melhor
Quero um negócio em modo maior

Mas não dá
Põe os pés no chão
Só os bons vão vingar
Num mundo em automação
Então, a sentença é vida de cão?
Tira o canudo e vai trabalhar, só depois podes sonhar

Condeno-me a refém
Se deponho a favor da lei
Não sou prodígio do litígio
Prestígio iliba quem?

Em frente a um monitor
Não sirvo nem sou servidor
Seja disquete ou internet
Afeta o processador

E o Mundo Uníssono a cadenciar:
"Lê a pauta p'ra não destoar"
Mas quão natural é ser bemol
Por marcha à Ré em busca doutro Sol

Mas não dá
Põe os pés no chão
Só os bons vão vingar
Num mundo em automação
Então, a sentença é vida de cão?
Tira o canudo e vai trabalhar, só depois podes sonhar

E o Mundo Uníssono a cadenciar:
"Lê a pauta p'ra não destoar"
Mas quão natural é ser bemol
Por marcha à Ré em busca doutro Sol

Mas não dá
Põe os pés no chão
Só os bons vão vingar
Num mundo em automação
Então, a sentença é vida de cão?
Tira o canudo e vai trabalhar, só depois podes sonhar



Credits
Writer(s): Francisco Mendes, Gabriel Tocha, João Morgado, João Pinto, Pedro Falacho, Tiago Silveira
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