Endechas de um Bardo de Recreio

Foi no recreio,
Depois da aula de inglês
Com a Inês no coração
Ajeitei a minha imagem,
Com três doses de coragem
Assim pedi que me desse a sua mão

Com ar surpreso
E um sorriso indefeso
Lá me deu a boa fé
Disse fica para amanhã
É promessa em nada vã
Naquele lago
Mesmo ao lado
Do café

Estudei todas as frases por dizer
Treinei tudo bem até amanhecer
Escrevi-as num papel
Com caneta de gel
Dei asas à gravata de meu pai.
Mas ela não apareceu
Seu coração pareceu
Não ser meu,
Pois pertenceu
A outros tais.

Foi no recreio
Que deu desculpas clichés
Mas desfez meu coração
E seguindo a sua imagem
Até àquela paragem
Dei por si
Consolada noutra mão

Senti-me preso
P'lo seu sorriso defeso
E fugi da escola a pé
Pensei volto amanhã
Ficarei de alma sã
Noutro lago
Bem mais largo
Do que a fé

Escrevi todas as frases por dizer
Fiquei acordado até amanhecer
Escrevi-as num papel
Com caneta de gel
Dei asas à guitarra de meu pai
Porque ela não apareceu
Recebi a luz de Orfeu
Cantei eu
Meu coração
A outros tais

Escrevi todas as frases por dizer
Fiquei acordado até amanhecer
Escrevi-as num papel
Com caneta de gel
Dei asas à guitarra de meu pai
Porque ela não apareceu
Recebi a luz de Orfeu
Cantei eu
Meu coração
A outros tais
Cantei eu
Meu coração
A outros tais
Canto eu
Meu coração
A outros tais



Credits
Writer(s): Francisco Mendes, Gabriel Tocha, João Morgado, João Pinto, Pedro Falacho, Tiago Silveira
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