Entre Braga e Nova Iorque

Filho de deus, filho de deus
Não sai aos seus, não sai aos seus
Filho do céu, filho do céu
Enfrenta o mundo em que nasceu

Leva uma vida de pirata
Com esse teu fino recorte
Nesta vida que nos mata
Entre Braga e Nova Iorque
As mensagens que envias
Descodificação
De umas que já existiam
De outras que ainda virão

Filho da serra, filho da serra
Onde o ribeiro corre e a alma se eleva
Nas ruas da íngreme capital
Soa sua voz e a de Portugal

Se a tua voz te escapa
Na teia das interacções
Logo se vê recuperada
No estrado das confissões
Quando António por António chama
Na cidade que o apadrinhou
Longa esvoaça tua chama
Na qual mais ninguém tocou

Tocam os sinos na aldeia
Regressa seu amigo
Levam-no encavalitado
Num silencioso choramingo
Tocam os sinos na aldeia
Avança a procissão
Todos o carregam um pouco
Até o reencontrar no chão

Foram vários
Aqueles que acorreram
Gritaram por si
E por si também sofreram
Foram vários
Aqueles que almejaram
E dando os passos primeiros
Logo os ceifaram

Filho de deus, filho de deus
Estruma o solo fértil em que nasceu



Credits
Writer(s): Duarte Saldanha
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link