Sereno

Se digo que sonhos são estradas
É porque caminho neles
Tô transportando as cargas
Tipo caminhoneiro

Meu legado ergui sozinho
Sou meu único herdeiro
Só que sem a Máfia eu morreria
Tipo um cordeiro

Até hoje não entendi a raiva dos terreiros
Só porque lá os deuses
Olham pros pretos primeiro?
Não é em qualquer lugar que
Se encontra um viveiro

Diabo rosna forte, vou me lembrar o tempo inteiro
Porque tão pouca gente tem os dados?
Porque tão pouco jovens são letrados?
Porque minha nuca sua frio
Passeando no sábado?

Porque as cores de hoje
São as mesmas do passado?
Porque encontrar alguém legal
Se tornou um achado?

Perdão por falar muito, é que sempre comunico
Mas é que empre foi cobrado excelência
Por isso pratico

Na real to até cansado de
Me gastar nos bico
Eu só queria tornar real
Meu sonho de menino

Sempre parece ser o pior desafio possível
Tipo tirar carteira D e tocar o dirigível
Talvez eu acredite em papo de sacrifício
Que as coisas tem sentido, que eu tenho um abrigo

Ah!

Eu sei que não é culpa minha
A mensagem de Deus não se espalha
Sozinha, tampouco a minha

Manin atrás de um pc trampa e me ouve no fone
Olha o tamanho da responsa, isso que consome

Perdão aos novos fãs, não sou invulnerável
Ceis conhecem o poeta que foi impulsionado
É o Mauro Diniz Gomes Santana que
Passa a noite virado, fazendo beat
E sonhando em ser respeitado

Constantemente estou asfixiado
Só consigo cantar, por isso tão viciado
Olhos turvos me filmam por ter me tornado sábio
Recorro à solitude em busca de ser curado

Sinto que eu entendo as estrelas às vezes
Aquele que eu sou hoje
Vocês só vão ver daqui a meses

Enquanto isso o holograma me arrebenta
Todo mundo tem uma fase de rebeldia
Meio anos 90

Se não entendeu, você viajou no passado
Achou uma carcaça, se descuidou e foi contaminado
Por uma alma errante, um corpo vazante
Uma busca incessante por novos traçantes

Eu não quero mais crer em falsas miragens
Por isso que gasto tempo
Com a metalinguagem
Pra eu não cair no conto
De outro fuleragem

Pra entender que preguiçoso só fala bobagem
Eu entendi que meu medo
Era ser bom em segredo
Sempre soube desde cedo
Que a estrela ia brilhar

Mas descobri bem pequeno
Que esse tipo de gente
Tem que fazer o dobro
Pra poder respirar

Sem poder viver eu tive que sonhar
E sonhando eu me pus a caminhar
E as pedras no caminho me mostraram
Que se os sonhos são
Se os sonhos são

Se os sonhos são estradas
É porque caminho neles
Tô transportando as cargas
Tipo caminhoneiro

Meu legado ergui sozinho
Sou meu único herdeiro
Mas sem a Máfia eu morreria
Tipo um cordeiro

Os sonhos são estradas
E eu caminhei primeiro
Tô transportando as cargas
Tipo caminhoneiro

Meu legado ergui sozinho
Sou meu único herdeiro
Mas sem a Máfia eu morreria
Tipo um cordeiro



Credits
Writer(s): Mauro Diniz Gomes Santana
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