Canto de Lida e Tempo

Cambona, ronco de mate
Gorjeios no pensamento
Assovios, cantos de galo
Cheiro de campo nos ventos

Do lusco-fusco pra o dia
O laço volta pra os tentos
Do lusco-fusco pra o dia
O laço volta pra os tentos

Relinchos junto ao baldrame
Do Colorado e o Rosilho
Cuidando os gestos do dono
Pulindo a tulha do milho

Ritual que começa o dia
Pelos cavalos que encilho
Ritual que começa o dia
Pelos cavalos que encilho

Quem não tem mais que os arreios
Dois pingos para encilhar
Um poncho e os corredores
Lonjuras para estradear

É um galardão ser campeiro
Ter um galpão pra voltar
É um galardão ser campeiro
Ter um galpão pra voltar
Cachorrada inseparável
De orelhas tesas, alerta
Dialogando num olhar
Expressões de estima certa

Pura irmandade campeira
Que só o galpão acoberta
Pura irmandade campeira
Que só o galpão acoberta

Recorridas de rodeios
A tardinha amansa o vento
Trote suado a contra-rastro
Querências no pensamento

Do lusco-fusco pra noite
O laço apeia dos tentos
Do lusco-fusco pra noite
O laço apeia dos tentos

Quem não tem mais que os arreios
Dois pingos para encilhar
Um poncho e os corredores
Lonjuras para estradear

É um galardão ser campeiro
Ter um galpão pra voltar
É um galardão ser campeiro
Ter um galpão pra voltar



Credits
Writer(s): Eron Vaz Mattos, Jari Terres
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