Meu Canto Antigo

A minha pele de pelo-duro que sou
Um brasão que me legou a coragem que herdei
Sou fronteiriço, missioneiro ou castelhano
Argentino e orelhano das fronteiras que passei

Eu sinto orgulho da origem dos meus traços
Da rudeza de meus braços que um Deus gaúcho criou
Pra defender o que era meu de legado
Minha pátria, meu estado e o que de simples restou

Pra defender o que era meu de legado
Minha pátria, meu estado e o que de simples restou

Eu sou do pampa e me estampo num retrato
Que um pelo-duro de fato possui sua alma tão pura
Que só precisa de uma milonga, uma polca
Pois quem vive a sua volta comunga a mesma cultura

Que só precisa de uma milonga, uma polca
Pois quem vive a sua volta comunga a mesma cultura
Se os teus olhos, quais os meus que sem ganância
Se fechassem pra arrogância que alguns tem contra nós
Já saberia que o pelo-duro é do chão
E lutar por seu rincão vem do tempo dos avós

Não vendo canto, nem alugo pra ninguém
Eu canto o que me convém, sou pelo-duro e fronteira
Meu canto é sul e vem das rabecas de crinas
Das vidalas argentinas de uma estirpe galponeira

Meu canto é sul e vem das rabecas de crinas
Das vidalas argentinas de uma estirpe galponeira

Por isso escutem, meus amigos do lugar
Eu vim aqui pra cantar ao coração do meu povo
Do mesmo cerne, três pátrias e uma guitarra
E quando um se desgarra volta pra terra de novo

Do mesmo cerne, três pátrias e uma guitarra
E quando um se desgarra volta pra terra de novo



Credits
Writer(s): Alex Silveira, Jari Terres
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