Onde Meto Meu Cavalo

Eu tenho um portão de vita
Que me permite toca-lo
E sempre soube do passo
Onde meto o meu cavalo

Pois sei quando a sorte potra
Se apresenta na ramada
E aperto a cincha no peito
Capeando a venta rasgada

Encilho o rumo na vida
Que não permite omissão
Eu prefiro errar peleando
Do que acertar sem razão

E num rodeio parado
Quando maré se desgarra
Eu vejo a espora cantando
Pra retornar bem costeada

Faz parte do compromisso
Arrebanhar os perdidos
Curar as chagas do campo
Sem se esquecer dos caídos

Lembrar que o rastro aponta
Pra saída e pra chegada
E por saber donde eu vim
Eu escolhi minha estrada

Jamais vou cortar da boca
Um potro recém domado
A calma volta do toso
E sigo bem arranjado

Quem aperta um pingo novo
Por lhe faltar precaução
Não merece um par de botas
Com esporas no garrão

Encilho o rumo da vida
Que não permite omissão
Eu prefiro errar peleando
Do que acertar sem razão

Quem aperta um pingo novo
Por lhe faltar precaução
Não merece um par de botas
Com esporas no garrão

Não merece um par de botas
Com esporas no garrão



Credits
Writer(s): Helvio Luis Casalinho, Jari Terres, Matheus Neves Da Fontoura
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