Picada

Na minha sina de andejo
Gastando luas e estradas
Atorando madrugadas
Nos campos do meu rincão

Na volta de uma tropeada
Ou do ranchito da mata
Sempre cruzo uma picada
Aberta na imensidão

Intimidade de sombras
Plumas, cantos e águadas
Escondida entre canhadas
Abraçando pitangueiras

E corticeiras floridas
Alegres, enrubescidas
De primavera vestidas
Para enfeitas as ladeiras

Picadas de matos largos
E bonicio de cachoeiras
Das cigarras cantadeiras
E dos gritos de guará

Como um anseio profundo
Rezo um atalho pra o mundo
E da invernada do fundo
Cruzar pra o lado dela

Um dia nestas coxilhas
Antes do meu Sol se pôr
Sairei do parador
Sentindo o cupir no cerno

A procura da canhada
Que me leve até a picada
Onde comece a estrada
Pra o rancheiril do eterno

A procura da canhada
Que me leve até a picada
Onde comece a estrada
Pra o rancheiril do eterno

Um dia nestas coxilhas
Antes do meu Sol se pôr
Sairei do parador
Sentindo o cupir no cerno

A procura da canhada
Que me leve até a picada
Onde comece a estrada
Pra o rancheiril do eterno

A procura da canhada
Que me leve até a picada
Onde comece a estrada
Pra o rancheiril do eterno



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