De Antanhos, Luzeiros e Canto

Um juju de lua boa
Mergulhado na cambona
E algumas cinzas à tona
Dão gosto a água que chia

Se o meu mate principia
Na madrugada chegando
Já me encontra galponeando
Começos de um novo dia

Na joeira dos pensamentos
Coisas da vida campeira
Que refugaram porteira
Por buenas ou mal arreada

Que depois de pelechadas
Pelos verões da existência
Costumam fazer querência
Na sombra das madrugadas

Me sobrou canto e guitarra
Mate, galpão e pelego
Claras réstias de aconchego
Que a alma adentro retenho

Os recuerdos de onde venho
Milongueados acalantos
E o luzeiro desses cantos
Para os escuros que tenho

Me sobrou canto e guitarra
Mate, galpão e pelego
Claras réstias de aconchego
Que a alma adentro retenho

Os recuerdos de onde venho
Milongueados acalantos
E o luzeiro desses cantos
Para os escuros que tenho
Nos tacurus do meu canto
Os recuerdos fazem ninhos
Com gravetos de caminhos
Por onde andei e vivi

Tropeçando por aí
Em cupins de caranguejo
Pra repassar aos andejos
Um pouco do que aprendi

E o mate empoça lembranças
De um tempo que foi tão lindo
E continuam existindo
Por meus adentros suponho

Se algo falta reponho
Com remendos de passados
Sobre os pastos amassados
Por onde dormem meus sonhos

Me sobrou canto e guitarra
Mate, galpão e pelego
Claras réstias de aconchego
Que a alma adentro retenho

Os recuerdos de onde venho
Milongueados acalantos
E o luzeiro desses cantos
Para os escuros que tenho

Me sobrou canto e guitarra
Mate, galpão e pelego
Claras réstias de aconchego
Que a alma adentro retenho

Os recuerdos de onde venho
Milongueados acalantos
E o luzeiro desses cantos
Para os escuros que tenho



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