De Vida e Caminhos

Onde andaram os cavalos
A nobreza em cada um
Jamais esqueci nenhum
Dos que encilhei vida a fora

Enquanto a vida demora
A repensar as estradas
Dormem léguas empacadas
No silêncio das esporas

A razão custa entender
O que o caminho oferece
E no rigor desvanece
Consumindo a própria essência

Desnado de pó e ausência
A alma feito horizonte
E um céu nublado de fronte
Faz emponchar à consciência

Andar é rumo e distância
Solidão, pingos e estradas
Com alegrias maneadas
Entre o nascente e o poente

Um tempo incerto na frente
Limite de liberdade
Pra um dia virar saudade
E ganhar nome de ausente

E se ultrapassar querências
A extraviar esperanças
Deixando rastros, lembranças
Assinalando caminhos

E a magia dos carinhos
Doces no amargo da estrada
É a principal das aguadas
Dos que andejam sozinhos

E cada um, a seu modo
Com seu tempo e seus dias
A embuçalar nostalgias
Gasta a vida por aí

Esquecendo de sorrir
Deixando esperanças boas
Se afogarem nas lagoas
Entre os juncais do existir

Andar é rumo e distância
Solidão, pingos e estradas
Com alegrias maneadas
Entre o nascente e o poente

Um tempo incerto na frente
Limite de liberdade
Pra um dia virar saudade
E ganhar nome de ausente



Credits
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link