Fechai o Jazigo
(verso)
Ele não voltou a abrir os olhos
Disse uma voz do outro lado
E após um breve silêncio
O Desapego resolveu dizer algo
Pressionado pela obrigação moral
De respeitar o momento e o grau de parentesco
Mesmo que o estranho o tenha visitado no berço
Foi cedo, mais cedo do que o bruxo lhe prometera
Agora a freguesia inteira comenta
O obituário ao lado da ementa à porta do tasco
Pra uns era bom e trabalhador
Pra outros a encarnação do terror
Mas para todos o seu nome sempre foi
Senhor seguido do seu apelido
Dobram os sinos no campanário
Pêsames são oferecidos
Poucos sentidos, é a força do hábito
Enchente de estados de espírito
Veio ao velório o Ódio sádico
O Interesse também apareceu
Todo aperaltado com o conto do vigário
Veio de carro com a Traição
Escondida ao fundo olhava o caixão
Veio a Amizade Perdida que não sabia se vinha
Por não ter perdão
A Indiferença não quis aparecer
Ficou em casa com o Rancor a ver o Porto-Benfica
O morto não fica no purgatório a pensar Porquê?
A Inocência morre de medo
A cruz, o choro, a mirra e a tosse
Obrigam os pais dela a abandonar cedo
Não querem a filha a sonhar com o enterro
Mas voltam na Missa do Sétimo Dia pra rezar um Terço
E no meio de toda aquela caravana de mascarados
Ali estava sentado um casal discreto de rosto calado
Com boas lembranças trazidas ao peito, o velho Respeito
Afagava a jovem Agonia dizendo que agora
O homem estava bem
(refrão)
Fechai o jazigo
Deixai o homem ir
Chega de conflito
Ele só quer dormir
Ele não voltou a abrir os olhos
Disse uma voz do outro lado
E após um breve silêncio
O Desapego resolveu dizer algo
Pressionado pela obrigação moral
De respeitar o momento e o grau de parentesco
Mesmo que o estranho o tenha visitado no berço
Foi cedo, mais cedo do que o bruxo lhe prometera
Agora a freguesia inteira comenta
O obituário ao lado da ementa à porta do tasco
Pra uns era bom e trabalhador
Pra outros a encarnação do terror
Mas para todos o seu nome sempre foi
Senhor seguido do seu apelido
Dobram os sinos no campanário
Pêsames são oferecidos
Poucos sentidos, é a força do hábito
Enchente de estados de espírito
Veio ao velório o Ódio sádico
O Interesse também apareceu
Todo aperaltado com o conto do vigário
Veio de carro com a Traição
Escondida ao fundo olhava o caixão
Veio a Amizade Perdida que não sabia se vinha
Por não ter perdão
A Indiferença não quis aparecer
Ficou em casa com o Rancor a ver o Porto-Benfica
O morto não fica no purgatório a pensar Porquê?
A Inocência morre de medo
A cruz, o choro, a mirra e a tosse
Obrigam os pais dela a abandonar cedo
Não querem a filha a sonhar com o enterro
Mas voltam na Missa do Sétimo Dia pra rezar um Terço
E no meio de toda aquela caravana de mascarados
Ali estava sentado um casal discreto de rosto calado
Com boas lembranças trazidas ao peito, o velho Respeito
Afagava a jovem Agonia dizendo que agora
O homem estava bem
(refrão)
Fechai o jazigo
Deixai o homem ir
Chega de conflito
Ele só quer dormir
Credits
Writer(s): Jose Leal
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.