Quando Golpeio Na Trança

Um pealo de toda a trança
Golpeou na costa do mato
Depois que a armada do laço
Buscou de longe um matreiro

Campeiro contra campeiro
Ritual sagrado na pampa
E uma silhueta de estampa
Num mormação de janeiro

O bocozito do arreio da velha bota campeira
Vai escutando as basteiras no tranco bueno do embalo
O couro mostra o passado da mescla de suor com poeira
E um barrito de mangueira quando metia o cavalo

Se queda, cinchando o pingo
Quando me apeio pra lida
E uma brazina sentida
Por não costear seu terneiro

Com o relho, faço um floreio
Pra ver se ela se espanta
E as horas tranqueiam mansas
Pastoreando no varzedo

Se queda, cinchando o pingo
Quando me apeio pra lida
E uma brazina sentida
Por não costear seu terneiro

Com o relho, faço um floreio
Pra ver se ela se espanta
E as horas tranqueiam mansas
Pastoreando no varzedo
O bocozito do arreio, que escutava a cantiga
Alcançava a gadaria, no chircal, bajo el mormazo
Quietitas por sobre o pasto, duas cadela ovelheira
Ansiosas trocava orelha, conforme o choro do basto

O pé procura o estribo, e nos arreios me aprumo
O pingo mostra meu rumo, com a meia lua do casco
Pra os tentos trago meu laço, recostadito na anca
E um pealo de toda a trança, golpeou na costa do mato

Se queda, cinchando o pingo
Quando me apeio pra lida
E uma brazina sentida
Por não costear seu terneiro

Com o relho, faço um floreio
Pra ver se ela se espanta
E as horas tranqueiam mansas
Pastoreando no varzedo

Se queda, cinchando o pingo
Quando me apeio pra lida
E uma brazina sentida
Por não costear seu terneiro

Com o relho, faço um floreio
Pra ver se ela se espanta
E as horas tranqueiam mansas
Pastoreando no varzedo

E as horas tranqueiam mansas
Pastoreando no varzedo



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