Pra Aquela Flor no Cabelo

Ao tranco me fiz estrada
Com destino e rumo certo
E um silbido de a cabresto
Tornava o longe mais perto

Cada curva do caminho
Era um naco de esperança
Buscando enxergar além
Do que a própria vista alcança

Foi quando avistei o rancho
Noitezita se achegando
Meu baio estendeu o trote
Parece que adivinhando

Que lá no fim da estrada
Repousava a flor mais bela
No cabelo da morena
Debruçada na janela

Que lá no fim da estrada
Repousava a flor mais bela
No cabelo da morena
Debruçada na janela

Simplesmente o campo largo
Deixou saudade estampada
E uma gana romanceira
Na branca luz da morada

Simplesmente o campo largo
Teve a estrada por sinuelo
Ao trote assoviando coplas
Pra aquela flor no cabelo
Até o céu que era nublado
Presenteou minha chegada
Porque a sina estradeira
Trouxe a noite enluarada

A copla que eu assobiava
Teve na noite seu brilho
Ressongando no ranchito
Renasceu na voz de um grilo

No suave encanto de um mate
A estrada fica esquecida
Pra acalantar em meus braços
O motivo da partida

Por esta linda repito
Tantas vezes essa andança
Pois vale as léguas da estrada
Pra ver a flor nessa trança

Por esta linda repito
Tantas vezes essa andança
Pois vale as léguas da estrada
Pra ver a flor nessa trança

Simplesmente o campo largo
Deixou saudade estampada
E uma gana romanceira
Na branca luz da morada

Simplesmente o campo largo
Teve a estrada por sinuelo
Ao trote assoviando coplas
Pra aquela flor no cabelo

Simplesmente o campo largo
Deixou saudade estampada
E uma gana romanceira
Na branca luz da morada

Simplesmente o campo largo
Teve a estrada por sinuelo
Ao trote assoviando coplas
Pra aquela flor no cabelo



Credits
Writer(s): Jari Terres, Juliano Moreno, Marcelo Olmos
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