Quebra-mar.11 & Marolinhas.1 - Tudo que já nadei
A câmera da Joana abre
Aquela parte em que colocávamos o filme
Aquilo abre e não tem filme algum
Todos percebem, Joana fica constrangida
Joana não tinha muita presença na turma
Ela não era nem bonita, nem boa aluna
Nem engraçada
Eu era a última
Graças ao meu desespero
E minha dose de lisergia
Que felizmente não deixou
De me acompanhar desde os meus 2 aninhos
No passeio Joana quer ser legal e diferente
Mas Joana não deve ter grana pra pagar o filme
Ou deve ter esquecido também, sequela
Não devo só romantizar uma pobreza inventada
Sabe-se lá
Joana se passou de fotógrafa o passeio inteiro
Estamos em 1990, ninguém vai para um passeio
Com a câmera que o pai emprestou
Câmera é caro, filme é caro
Tudo muda de preço a cada semana
Os pais não emprestam
Coisas eletrônicas para filhos crianças
Joana com a câmera causando
E de repente esse flagra
Um botão mal apertado e pow
Câmera sem filme algum
Todas as poses, todos os sorrisos
Todos os agrupamentos em vão
Silêncio e constrangimento
Colocam Joana na parede do clube
Eu me afasto porque não consigo
Nem atacar, nem defender
Também eu já era dada a mentiras
Que me fariam detectar
A dinâmica de tratamento
A partir de uma dança das frases
Eu não sei o que eu acabei de escrever
Parece que na volta do passeio
Todos querem cantar no ônibus
Parece que, eu sugiro abrir as janelas
E gritar frases malucas para os pedestres
Parece que todos riem
E me acham engraçadinha
Parece que eu me sinto bem nessa hora
Parece que meu tamanho
Uma cabeça mais alta que todos
Desaparece nesse momento
Parece que eu até esqueço onde
Rodrigo Barbosa Santoro está sentado
Parece que eu incentivo Joana
A gritar muito pela janela
Parece que ela embarca
Tagarelamos como se não houvesse corda vocal
Tagarelamos frases idiotas para as pessoas
Joana vento na cara como se fosse um cachorro
Tudo sendo perdoado no grito, temos 10 anos
E nenhum registro imagético desse dia
Parece que o passeio acaba
Me despeço de Joana, de Rodrigo, da tia
Do motorista do ônibus
Parece que vejo minha mãe no carro
Para me buscar
Oi, mãe
Parece que digo com um fiozinho de voz
É torpor que chama?
Hoje te senti diferente
Pensei: Engraçado, tá diferente
Chequei a lua, chequei a fome
Chequei até a conta-corrente
Mas não era nada disso
De noite, já deitados
Próximos a embarcar
Na morte momentânea
Com direito aos mistérios
Que nos contaremos dentro de oito horas
Você me diz com voz serelepe
Hoje dei um mergulho
Me assombro porque você nunca vai, nunca
Misturo uma pequena inveja de ti
Com ciúmes do mar
E antes de dizer: Que bom!
E desejar: Boa noite!
Lambo tua cara inteira
Aquela parte em que colocávamos o filme
Aquilo abre e não tem filme algum
Todos percebem, Joana fica constrangida
Joana não tinha muita presença na turma
Ela não era nem bonita, nem boa aluna
Nem engraçada
Eu era a última
Graças ao meu desespero
E minha dose de lisergia
Que felizmente não deixou
De me acompanhar desde os meus 2 aninhos
No passeio Joana quer ser legal e diferente
Mas Joana não deve ter grana pra pagar o filme
Ou deve ter esquecido também, sequela
Não devo só romantizar uma pobreza inventada
Sabe-se lá
Joana se passou de fotógrafa o passeio inteiro
Estamos em 1990, ninguém vai para um passeio
Com a câmera que o pai emprestou
Câmera é caro, filme é caro
Tudo muda de preço a cada semana
Os pais não emprestam
Coisas eletrônicas para filhos crianças
Joana com a câmera causando
E de repente esse flagra
Um botão mal apertado e pow
Câmera sem filme algum
Todas as poses, todos os sorrisos
Todos os agrupamentos em vão
Silêncio e constrangimento
Colocam Joana na parede do clube
Eu me afasto porque não consigo
Nem atacar, nem defender
Também eu já era dada a mentiras
Que me fariam detectar
A dinâmica de tratamento
A partir de uma dança das frases
Eu não sei o que eu acabei de escrever
Parece que na volta do passeio
Todos querem cantar no ônibus
Parece que, eu sugiro abrir as janelas
E gritar frases malucas para os pedestres
Parece que todos riem
E me acham engraçadinha
Parece que eu me sinto bem nessa hora
Parece que meu tamanho
Uma cabeça mais alta que todos
Desaparece nesse momento
Parece que eu até esqueço onde
Rodrigo Barbosa Santoro está sentado
Parece que eu incentivo Joana
A gritar muito pela janela
Parece que ela embarca
Tagarelamos como se não houvesse corda vocal
Tagarelamos frases idiotas para as pessoas
Joana vento na cara como se fosse um cachorro
Tudo sendo perdoado no grito, temos 10 anos
E nenhum registro imagético desse dia
Parece que o passeio acaba
Me despeço de Joana, de Rodrigo, da tia
Do motorista do ônibus
Parece que vejo minha mãe no carro
Para me buscar
Oi, mãe
Parece que digo com um fiozinho de voz
É torpor que chama?
Hoje te senti diferente
Pensei: Engraçado, tá diferente
Chequei a lua, chequei a fome
Chequei até a conta-corrente
Mas não era nada disso
De noite, já deitados
Próximos a embarcar
Na morte momentânea
Com direito aos mistérios
Que nos contaremos dentro de oito horas
Você me diz com voz serelepe
Hoje dei um mergulho
Me assombro porque você nunca vai, nunca
Misturo uma pequena inveja de ti
Com ciúmes do mar
E antes de dizer: Que bom!
E desejar: Boa noite!
Lambo tua cara inteira
Credits
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